O cancro da mama continua a ser uma grande preocupação tendo uma alta incidência com grandes taxas de mortalidade sobretudo em mulheres, disse terça-feira, em Luanda, a médica oncologista do Instituto Angolano do controlo do cancro Albertina Manaça.
Em declarações à Angop sobre "Como diagnosticar o cancro da mama precocemente”, frisou que diariamente são diagnosticados seis casos novos de uma forma geral.
Para si, a prevenção ainda continua a ser a chave primordial, onde apenas com um auto-exame é diagnosticado precocemente evitando a sua evolução.
Explicou que as mulheres em idade fértil devem efetuar o auto-exame da mama uma vez por mês, três a cinco dias após o aparecimento da menstruação, no sentido de identificarem rapidamente qualquer anomalia.
Declarou que o auto-exame pode ser feito diante do espelho e com os braços ao longo do corpo, podendo a mulher comparar se há modificações no contorno dos seios.
De igual modo, de pé, de preferência durante o banho, aconselha o deslize das mãos sobre as mamas da direita a esquerda e vice-versa, bem como deitada com uma almofada por baixo do ombro também serve para verificar se padece ou não dessa enfermidade.
Acrescentou que a pessoa poderá notar os sinais e sintomas tais como dor, palpação de um caroço, saída de líquido no mamilo, alteração na pele e palpação de módulos axilares, vulgo íngua.
Fez saber que a patologia pode ser adquirida através de alimentação excessiva de produtos industrializados ou hereditária, isto é de pais para filhos, o desmame precoce, menopausa, terapia hormonal, substancia química, consumo excessivo de álcool, entre outros.
De acordo com a especialista, a falta de conhecimento faz com que muitas mulheres tenham um diagnóstico tardio, quando por um toque simples podia ser evitado.
"Infelizmente não há como prevenir o cancro de mama, o que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença, possibilitando as chances de cura da paciente", lembrou.
Salientou que além do cancro da mama, existem outros tipos de cancro frequentes como a da próstata e do útero, acrescentando que nos últimos tempos aumentou o número de pessoas que procuram fazer o rastreio do cancro da mama, mas infelizmente muitos já chegam com lesões avançadas.